Thursday, March 30, 2006

Pra Marlene, pros Marcos, pro Aedson, pro Humberto, pro Higo, pros franciscos, pras franciscas, pras outras 3

Esta é uma história tão incrível que deveria começar com "Era uma vez...", está recheada de fatos inimagináveis que parecem ter saído dos mais belos contos, entretanto, sua veracidade se comprova pois, não saíra das fábulas de nenhum autor, senão, dos sonhos de Deus. Tudo começa quando um pastor apaixonado pelo Reino desafia quatro jovens missionárias a abandonarem o conforto de suas próprias vontades e a saírem em busca de um lugar onde existem, além de terras, vidas secas e sedentas por Boas Novas. Mas como iríamos para a nova Canaã sem recursos? Como aquele povo ouviria se não fôssemos enviadas? Nessa hora, a igreja se fez presente: mulheres preparando almoço, membros contribuindo, déboras orando... pronto, agora é só viajar! Rio de Janeiro - Natal - Mossoró - Antônio Martins
Antes, porém, de falar sobre o Avanço em si, queremos ressaltar o amor da família Amorim. Uma família que vive o conceito bíblico de hospitalidade. Como nos sentimos constrangidas com esse amor. Nunca esqueceremos quando a missionária Marlene, esposa do pastor Marcos Severo, nos falou com lágrimas nos olhos que gostaria de ter tido mais tempo de preparar a casa para nossa chegada. Mal sabe ela que fomos tratadas como princesas. Naquela casa, fomos amadas e aprendemos a amar. Sexta-feira, começo do Avanço Missionário em Antônio Martins. Após três horas de kombi, chegamos numa cidadezinha do sertão que parece ter sido esquecida até pelo tempo, mas não fora por Deus. Incrível ver que numa cidade onde abunda a pobreza e o analfabetismo, superabunda a amizade, a receptividade e a vontade de conhecer pessoas. E o Impacto começa, e nem uma noite dormindo na rede tira a nossa empolgação, formamos um exército armado de panfletos e entoamos louvores anunciando que algo diferente iria acontecer, que Antônio Martins nunca mais seria a mesma. Um aglomerado semelhante a um arrastão distribuía folhetos e avisava que uma nova igreja nascera na cidade: a Primeira Igreja Presbiteriana de Antônio Martins. Guardaremos em nossa memória a cara de espanto de muitos ao ouvirem, ao som de megafone, sobre o amor de Cristo, a felicidade de quem parava e ouvia a cantoria. Não se falava sobre outra coisa na cidade!!! A tarde, fizemos o evangelismo 2 a 2. Fomos divididos em duplas e percorremos as casas a fim de falar sobre salvação, sobre mudança de vida e principalmente para ouvir histórias, dar conforto, orar ou simplesmente dar um sorriso. Testemunhamos que o Espírito de Deus constrange até os corações mais duros, como é lindo falar do amor que vive em nós. Em cada casa vivemos uma história diferente, em cada conversa ouvimos um drama de pessoas que vivem numa cidade que tenta roubar os sonhos dos jovens; que só tem um hospital e mal equipado; que oferece um ensino de baixíssima qualidade; que vive uma luta religiosa por conta do fanatismo de uma determinada seita; que tem um alto nível de alcoolismo... são tantos problemas, mas que mesmo assim, não conseguem tirar o sorriso do rosto no momento em que perguntamos se podemos entrar para falar sobre Jesus. A noite, tivemos o culto inaugural, toda a cidade compareceu, a rua estava linda, cheia de gente, toda iluminada. No momento da pregação, o pastor nos chama para orar em separado com ele. Momentos de grande intensidade, nós chorávamos ao clamar pelas almas que aceitariam a Cristo naquela noite. Aprendemos que para fazer missões, temos que ter joelhos feios e pés lindos! Poderíamos contar muitas histórias sobre joelhos que se dobraram ao ouvirem O Nome Santo de Cristo, sobre demônios expulsos, sobre casas tão pobres que não tinham nem cadeiras, sobre famílias numerosas, sobre depressão em idosos, sobre a miséria, sobre a falta de informação, sobre a descrença em um futuro melhor aqui na terra. Porém, cabe a nós quatro falar sobre alegria, sobre um Deus que faz milagres e vive e reina em nós. Vimos uma chuva de Glória inundar os corações daquela cidade e o Espírito nos usar para libertar cativos. Vimos franciscos e franciscas aceitando a Cristo como Senhor e Salvador. Fica claro, portanto, que a sequidão nos corações só pode ser sanada com a Água Viva que é presente de Deus. Essa viagem deu-nos ensinamentos que guardaremos por toda a vida, aprendemos que missões se faz de joelho no chão, pois as provações são inúmeras. Também tivemos confirmação de chamados, vivemos a essência da evangelização relacional e nos apaixonamos por cada cidadão daquela cidade. Cristo está alargando as suas tendas e o arraial está aumentando, bem-aventurados os que participam desse aumento. Somente no momento que entendemos que o Sertão já pertence a Deus, só faltava quem fosse lá busca-lo de volta pro Pai, descobrimos nossa missão: amar tão intensamente a ponta de dar a vida por outro. Se alguém quiser descobrir o que tem no Sertão além de Mandacaru, Macaxeira, Jerimum e Jabá, não perca tempo lendo essa história, não procure o Sertão nos quadros de Portinari ou no determinismo de Euclides da Cunha; vá ao Sertão fazer a sua própria história, ouse marcar vidas com o Evangelho que salva para que se conte em várias "antônios martins" histórias que tenham a Cristo como personagem principal. "Então, eu disse: semeai para vós outros em justiça, ceifai segundo a misericórdia; arai o campo de pousio; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que ele venha, e chova a justiça sobre vós." Os. 10.12 Quer ouvir mais histórias?!
Ide... Sertão, Amor eterno e NA Verdade

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